O desejo por um corpo sarado, aumento da força e definição rápida leva as pessoas a procurar cada vez mais novas maneiras de alcançar essa conquista, em muitos casos sem se preocupar se estão colocando em xeque suas vidas. Uma maneira de alcançar tais objetivos da forma mais rápida possível são os esteróides anabolizantes, a famosa "bomba". Barata e facilmente encontrada em farmácias, é uma febre entre frequentadores de academias. A questão é que o culto ao corpo faz com que as pessoas que fazem uso deste artifício não se preocupem com os efeitos colarerais, colocando em risco suas vidas ou expondo-as a problemas às vezes irreversíveis.
"Eu fiquei muito agressivo, tinha muita dor de cabeça, insônia, surgiram muitos pêlos, tinha problemas na hora do sexo, como ejaculação precoce e várias outras coisas", conta um atendente de 21 anos entrevistado pela reportagem. Além desses problemas, ele teve um abcesso no braço esquerdo, no local onde fezuma aplicação de óleo mineral diretamente no músculo (bíceps). Há pouco mais de dois anos sem fazer uso de anabolizantes, as consequências do abuso da bomba ainda se fazem presentes em sua vida. No terreno baldio localizado vizinho à sua casa, as seringas que ele usava para fazer aplicação de anabolizantes junto com seus amigos se amontoam. Somam-se à elas, embalagens de farmácias e ampolas.
O jovem começou a usar bomba por influência dos amigos que malhavam na mesma academia de musculação. Assim como ele, a maioria dos jovens começa a fazer uso da bomba por influência de colegas de academia, como explica o personal trainer Jailton Castro. Além do perigo do uso do anabolizante em si, entra em jogo mais uma questão grave de saúde pública: o risco de contaminação de vírus como o HIV. "Às vezes eles usam as mesmas seringas e isso pode representar um risco enorme na transmissão de doenças", ressalta Jailton.
Para o profissional, os jovens que estão preocupados em se desenvolver fisicamente não querem saber dos riscos à saúde, ou pelo menos os ignoram. "É muito difícil combater o uso da bomba", afirma Jailton. Ele explica que, a curto prazo, os efeitos são satisfatórios para quem usa, criando uma alienação e elevação da auto-estima. "O cara começa a usar e quando se vê no espelho pensa: 'em tão pouco tempo eu já cresci isso tudo. Olha como eu estou bem, olha como estou mais forte, olha como estou mais bonito'". O problema é que quando a ficha cai, pode ser tarde demais, lembra ele.
Jailton lembra que certa vez foi procurado por um jovem de 17 anos que pediu-lhe indicações de bomba. Para testar até onde a tolice do garoto ia, o profissional receitou-lhe bater os anabolizantes com fermento e vidro no liquidificador, para obter melhores resultados. O adolescente topou. Jailton conseguiu, assim, abrir os olhos do jovem - lembrando-o de que ele tinha até topado comer vidro para ficar mais forte - antes que o rapaz prejudicasse a saúde.
Dependência:
O jovem entrevistado pela reportagem do DN conta que apesar de seu exemplo e de um amigo que, segundo ele, teve problemas psicológicos devido ao uso prolongado, outros amigos continuaram usando bomba. "Não é questão de saber tomar", reforça o personal trainer Jailton Castro. O personal esclarece que os jovens criam esse tabu de que conseguem administrar os efeitos, mas segundo ele não é bem assim. "Se torna uma droga como outra qualquer. O jovem acha que sabe usar, mas acaba virando dependente", afirma.
Perigos do uso
Efeitos colaterais:
Oleosidade na pele, acne, alterações das taxas de colesterol, arritmia cardíaca, comportamento agressivo, alterações de humor, problemas no fígado, aumento no surgimento de pêlos, aumento da pressão arterial, problemas relacionados ao sexo, surgimento de câncer, abcessos no local da aplicação (por seringa), crosta envolta do músculo, deformações.
- Característicos aos homens:
Impotência sexual, perda da libido, atrofia dos testículos, diminuição na produção de espermatozóides, desenvolvimento das mamas e ejaculação precoce.
- Característicos às mulheres:
Crescimento exagerado do clitóris, redução no tamanho das mamas, surgimento de pêlos e engrossamento da voz.
Cuidados para os pais:
* Procurar se inteirar sobre a formação acadêmica do profissional que orienta as atividades físicas na academia;
* Tentar manter um relacionamento com esse profissional para que se crie confiança por parte dos pais e haja um monitoramento sobre o rendimento e comportamentodo filho na academia;
* Conhecer o ambiente, ou seja, a academia em si;
* Conhecer os colegas de musculação dos filhos; Eles são a principal influência para o início do uso de anabolizantes.
Fonte: Jailton Castro - dnonline
O jovem começou a usar bomba por influência dos amigos que malhavam na mesma academia de musculação. Assim como ele, a maioria dos jovens começa a fazer uso da bomba por influência de colegas de academia, como explica o personal trainer Jailton Castro. Além do perigo do uso do anabolizante em si, entra em jogo mais uma questão grave de saúde pública: o risco de contaminação de vírus como o HIV. "Às vezes eles usam as mesmas seringas e isso pode representar um risco enorme na transmissão de doenças", ressalta Jailton.
Para o profissional, os jovens que estão preocupados em se desenvolver fisicamente não querem saber dos riscos à saúde, ou pelo menos os ignoram. "É muito difícil combater o uso da bomba", afirma Jailton. Ele explica que, a curto prazo, os efeitos são satisfatórios para quem usa, criando uma alienação e elevação da auto-estima. "O cara começa a usar e quando se vê no espelho pensa: 'em tão pouco tempo eu já cresci isso tudo. Olha como eu estou bem, olha como estou mais forte, olha como estou mais bonito'". O problema é que quando a ficha cai, pode ser tarde demais, lembra ele.
Jailton lembra que certa vez foi procurado por um jovem de 17 anos que pediu-lhe indicações de bomba. Para testar até onde a tolice do garoto ia, o profissional receitou-lhe bater os anabolizantes com fermento e vidro no liquidificador, para obter melhores resultados. O adolescente topou. Jailton conseguiu, assim, abrir os olhos do jovem - lembrando-o de que ele tinha até topado comer vidro para ficar mais forte - antes que o rapaz prejudicasse a saúde.
Dependência:
O jovem entrevistado pela reportagem do DN conta que apesar de seu exemplo e de um amigo que, segundo ele, teve problemas psicológicos devido ao uso prolongado, outros amigos continuaram usando bomba. "Não é questão de saber tomar", reforça o personal trainer Jailton Castro. O personal esclarece que os jovens criam esse tabu de que conseguem administrar os efeitos, mas segundo ele não é bem assim. "Se torna uma droga como outra qualquer. O jovem acha que sabe usar, mas acaba virando dependente", afirma.
Perigos do uso
Efeitos colaterais:
Oleosidade na pele, acne, alterações das taxas de colesterol, arritmia cardíaca, comportamento agressivo, alterações de humor, problemas no fígado, aumento no surgimento de pêlos, aumento da pressão arterial, problemas relacionados ao sexo, surgimento de câncer, abcessos no local da aplicação (por seringa), crosta envolta do músculo, deformações.
- Característicos aos homens:
Impotência sexual, perda da libido, atrofia dos testículos, diminuição na produção de espermatozóides, desenvolvimento das mamas e ejaculação precoce.
- Característicos às mulheres:
Crescimento exagerado do clitóris, redução no tamanho das mamas, surgimento de pêlos e engrossamento da voz.
Cuidados para os pais:
* Procurar se inteirar sobre a formação acadêmica do profissional que orienta as atividades físicas na academia;
* Tentar manter um relacionamento com esse profissional para que se crie confiança por parte dos pais e haja um monitoramento sobre o rendimento e comportamentodo filho na academia;
* Conhecer o ambiente, ou seja, a academia em si;
* Conhecer os colegas de musculação dos filhos; Eles são a principal influência para o início do uso de anabolizantes.
Fonte: Jailton Castro - dnonline
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